sábado, março 25, 2023

Instagramada: crônica baseada no conto O Espelho, de Machado de Assis

Introdução

símbolo de instagram
Pixabay
Gente, se esse é um blog pra falar de arte, então que tal fazer e mostrar arte? Resolvi compartilhar com vocês uma crônica que escrevi para um trabalho da faculdade. A proposta era, a partir da leitura de um clássico dos contos, escrever um novo texto literário e justificar a relação entre ambas as obras. Inclusive, foi dado como exemplo esse trabalho acadêmico.

Com vocês, a crônica Instagramada e sua justificativa. Recomendo a leitura do conto, após a crônica, antes de ir à justificativa.

Obs.1: esse não foi um trabalho publicado anteriormente. Foi apenas objeto de avaliação de uma disciplina realizada em 2022 (para o  qual, inclusive, recebi um 10), então não infrinjo a ética acadêmica aqui. Aliás, devido ao meio de circulação distinto, os textos contêm pequenas alterações.

Obs.2: não deixarei sinopses com vocês hoje. Ambas as leituras são curtinhas. Só o que digo é que o clássico vale muito pra nossa alma e espero que meu amadorismo sirva também!

Instagramada

Ela era o orgulho de seus pais. Era bonita e arrumada, estava-se formando em Direito por uma universidade pública e concorrida, era assistente administrativa concursada de um grande banco, ia à igreja, tinha um namorado promissor e uma vida social agitada.

As redes sociais, repletas de seguidores, refletiam o dia a dia pleno da jovem e recebiam muitas curtidas, às vezes com comentários, às vezes sem. Não que as pessoas não quisessem comentar.

(Afinal, num divã de psicanalista, ninguém tem algo a dizer já no primeiro momento; nas calçadas do vizinho e atrás de uma tela, porém, as bocas e os dedos são ávidos por pronunciamentos repentinos e imprudentes.)

O que acontecia era que a moça censurava automática ou manualmente alguns comentários de suas publicações, desativando essa função por inúmeras vezes. Ela já se vira às voltas com haters e tomava suas precauções para que a vida não fosse tóxica. E era aquele o caminho, e tudo dava certo.

Só que parece que a vida escolhe um tempo para impor suas reviravoltas. E tudo passa, até mesmo a alegria. E às vezes só se percebe quando já é tarde.

Primeiro foi o namoro ideal que ruiu; depois, quando ela tentava admissão na OAB pela primeira vez, não obteve a tão sonhada aprovação; por fim, quando ela buscava afogar as mágoas nos braços de seus admiradores virtuais, descobriu que um infeliz posicionamento político, durante período eleitoral de grande tensão, roubou-lhe um considerável número de discípulos.

Já não tinha ânimo para se arrumar, já não tinha forças para trabalhar, já não tinha vontade para estudar, já não tinha razões para rezar. Já nem sequer se interessava em socializar, fosse presencial ou virtualmente. Já não era o caminho, e nada dava certo.

Aconselhada pelos pais, dos quais ela ainda conservava um bom (mas não orgulhoso) olhar, ela buscou ajuda psicológica. Descobriu que se escondera sob um amontoado de máscaras que eram incompatíveis com a sua identidade e que, paulatinamente, esquecera-se de sua essência e dissipara-se na imagem divulgada.

Ela descobriu que não amava o namorado que a deixara e que fora melhor assim, visto que, para sustentar durante anos um relacionamento com o rostinho bonito de um engenheiro bem sucedido, renunciara desde a fúteis caprichos até a necessidades profundas, intoxicando-se pelo egocentrismo do parceiro.

Descobriu também que se acomodara a uma carreira pública de nível médio por causa de sua menor instabilidade e que seu maior desejo como profissional, na verdade, era justamente o que a movia nas redes sociais: a fotografia.

Descobriu, igualmente, que se deixara levar pelo suposto status da advocacia sem que aquilo lhe preenchesse minimamente o mais íntimo desejo de agregar sentido a sua vida.

Descobriu, enfim, que não precisava de aprovações alheias para ser feliz e que elas não seriam suficientes para que ela, Elisa, pudesse sentir-se bem consigo mesma.

Agora, ela recomeça a lutar. Já tem vontade para se arrumar, já tem uma boa profissão para se dedicar, já tem novos conteúdos para estudar, já tem esperanças para rezar. Até já tem desejo de socializar, mais presencial que virtualmente. Elisa não é só o orgulho de seus pais, mas também é a filha. É um novo caminho, e tudo vai dar certo.

Justificativa

“Instagramada” é um neologismo usado para falar de publicações em geral feitas por usuários da rede social Instagram. Atualizando a problemática da identidade humana, a crônica por este termo intitulada visa dialogar com o conto O Espelho, de Machado de Assis.

Ambos os protagonistas, Jacobina e Elisa, constroem e descobrem suas identidades a partir da alteridade (relação com o outro) e do status social.

Contudo, enquanto aquele se encontra, primeiramente, nos elogios de seu círculo íntimo e, posteriormente, no fardamento militar (explicado por Alfredo Bosi em O duplo espelho em um conto de Machado de Assis), esta se entende tanto por meio dos likes que recebe em sua rede social quanto pelo relacionamento amoroso e pela carreira que contribuíram para a aquisição das curtidas.

Além disso, ao passo que o autor carioca é sutil em sua mimesis (representação da realidade por meio da arte), a cearense que escreve agora é mais escrachada em sua sátira (narrativa crítica).

Isso acontece por alguma razão, seja por uma curta experiência literária, seja por influência do sarcasmo desvelado de Aluízio Azevedo em O Mulato (cuja leitura atenta tem realizado), seja porque o momento político em que vive no Brasil exige palavras claras e autênticas.

Assim, enquanto aquele recorre à História para nomear seu protagonista – evidência detalhada pelo artigo REFLEXOS DO MEDO NA MODERNIDADE: UMA LEITURA DE "O ESPELHO" [...] -, esta vale-se predominantemente de uma dêixis (referência que se interpreta com o contexto de leitura) - vaga e constantemente atualizável ao gosto do leitor - para atribuir um elo comum aos fatos de sua trama.

Da mesma forma, enquanto a alma exterior de Jacobina modifica-se numa linearidade em relação ao tempo, a “alma exterior” da personagem “instagramada” é difusa, oscilando entre as visões do namorado, da família e dos seguidores virtuais.

Outra distinção entre os escritos diz respeito ao desfecho das personagens: segundo Bosi, Jacobina resignou-se ao olhar social e o peso de sua alma exterior tornou-o [...] casmurro e cáustico; “ela”, em contrapartida, aprende que sua identidade constrói-se, sim, a partir do que a diferencia [...] e de seu papel social, mas não se reduz ao olhar subjetivo daqueles que a cercam.

É nesse momento, inclusive, que o narrador permite-se falar o nome dela, do qual tanto parecia fugir, já que, inconscientemente, a própria Elisa buscava fora de si e numa realidade simulada o que não encontrava – ou tinha medo de não encontrar – dentro e nos contatos reais.

A propósito, o batismo da personagem é uma brincadeira com a Língua Portuguesa:

apesar de, em sua gênese (origem) semântica (significativa), não ter este significado, a intenção foi unir o pronome “ela” ao sufixo “-isa”, que atribui funções femininas – poetisa e profetisa, por exemplo -, mostrando que a personagem passa boa parte da crônica cumprindo a função de um ser dêitico (sem identidade própria) e regido pela visão subjetiva do outro.

Conclusão

E aí, gente, gostaram da minha historinha? Acham que eu dou para escritora ficcional?

Na próxima semana, volto com meus posts filosóficos / brisas de análise.

sábado, março 18, 2023

10 músicas brasileiras para não esquecer a felicidade nos percalços da vida

Introdução

Precisando de dicas para as redes sociais ou, simplesmente, para animar a vida?

Esse post será bem direto ao ponto. Na semana passada, o blog Visão da Alma (parceiro nosso) tratou sobre Quatro passos para criar hábitos e emoções positivas. Isso me inspirou a, nessa semana, falar sobre músicas que elevam meu astral e que podem elevar o seu também.

São 10 músicas de vários estilos e a minha experiência diz que cada momento exige uma ordem diferente na playlist, então não vou fazer um ranking.

Vamos às canções

Drogas – Catedral

O primeiro elemento necessário à motivação é compreender que não adianta fantasiar para fugir.

Embora essa música faça uma referência direta a drogas injetáveis, a muitas outras drogas ela se aplica, como o álcool, o tabagismo, o vício do jogo, a fissura descontrolada em redes sociais... Esse rock cristão lembra que o escape nos faz esquecer das belezas da vida: os sentimentos, os desejos, as superações, etc.

Tudo o Que Acontece de Ruim É Para Melhorar - Paulinho Moska

Às vezes, a vida torna-se pesada e imprevisível. Todavia, sem esses momentos, não seríamos capazes de enxergar o encanto dos tempos leves e aparentemente estáveis. Além disso, toda crise é uma oportunidade de autoconhecimento, aprofundamento de raízes, libertação e transformação.

A cada novo desafio, temos a oportunidade de aprimorar-nos, de tornarmo-nos livres. É a respeito disso que escrevo no post sobre o livro Conquistando a liberdade interior.

A Fênix - Rosa de Saron

E é sendo livres que renascemos das cinzas! Quando pensamos que tudo acabou para nós, esse pop-rock católico revela que o fogo que nos atinge para nossa destruição pode ser obra-prima de renovação. Já lhes disse que amo essa banda, né? Eis um dos porquês.

Rindo à Toa – Falamansa

Um xotezinho que se transformou em meu lema na graduação haha. Essa é uma mensagem cujo significado aplicável à realidade deve brotar da alma de vocês, pois cada um de nós passa por algo que, certamente, “um sorriso ajuda a melhorar”.

Amor Pra Recomeçar – Frejat

Esse é um acústico sobre ser gente. Quer dizer, é sobre encontrar o equilíbrio e as lições que nos trazem as coisas boas e ruins da vida. É um desejo para que o Amor não morra em meio às turbulências do dia a dia, pois ele é uma força impulsionadora que nos impele a recomeçar.

Do Lado de Cá – Chimarruts

Esse reggae ensina que a vida tem sempre dois lados: um de luz e um de sombra. Às vezes, caminhamos entre eles, tentando sair da sombra para chegar à luz. Não é uma tarefa fácil; contudo, ao dizer “do lado de ”, o eu lírico da canção revela que é possível encarar a vida com mais tranquilidade e com brilho nos olhos.

O Sol – Jota Quest

Podemos até caminhar na penumbra, conforme já falei em outros posts (uma catarse de salvação, por exemplo), mas é em direção ao Sol e à luz que caminhamos. Nesse processo, não podemos deixar que a dor ou o medo nos detenha.

Eu Vou Seguir - Marina Elali

Uma tradução para Reach, de Gloria Estefan. Vale a pena conferir ambas. Falam sobre a importância dos sonhos, sobre o compromisso que devemos assumir com eles, e sobre a superação e a proatividade necessárias para atingi-los.

Vai Chegar - Li Martins

Tema de novela da band, da Sila e do Boran. Uma música sobre fazer as pazes com nosso passado e deixar para trás o que já não nos pertence mais. É também sobre a beleza da simplicidade e sobre a passagem rápida do tempo.

Tá Escrito - Grupo Revelação

Pra concluir a seleção, um pagodinho clássico que dá um up na letra e no ritmo! Uma música sobre esperança e determinação! Confere aí, se ainda não conhece!

Conclusão

E aí, quais das músicas selecionadas você já conhecia? Quais são as canções que motivam você? Com que frequência você as escuta?

Fica ligado(a) nos próximos posts do blog, sempre aos sábados, às 19:00!

sábado, março 11, 2023

Conquistando a liberdade interior: um livro importante sobre algo ainda mais importante

Introdução

Uma representação para ideias
Pixabay
Sim, um livrinho de autoajuda. Por muito tempo, nutri sérios preconceitos contra esse tipo de Literatura. O problema dele é que, assim como na própria Psicologia, nele existem muitas opções e poucas delas de fato servirão para nós.

O post dessa semana não será uma análise, mas sim uma genuína indicação, por meio do relato de como Conquistando a Liberdade Interior, do Padre Adriano Zandoná (Canção Nova), tem sido mais uma peça no meu intenso, tenso e complexo processo de cura e libertação. Talvez, essa leitura possa também ajudar você.

Um pequeno adendo: não sei se posso chamar o que escrevi de relato. É uma série de perguntas, as quais serão respondidas com o auxílio do livro, desde que exista, por nossa parte, um sincero, concreto e profundo desejo de encarar com sobriedade nossas realidades.

Também não é um encadeamento linear de ideias: nem sempre estamos sistematizados o suficiente para que uma lógica programada penetre nossa mente. Primeiro, precisamos deixar as ideias fluírem, para depois as organizar. Sem a visão clara das ideias, ainda que bagunçadas, não se pode estruturá-las.

Pra quem não é católico e acompanha o blog, o livro é de fato escrito por um padre, mas isso não o reduz a aspectos dogmáticos. Pelo contrário: o autor vale-se da interdisciplinaridade, reunindo conhecimentos filosóficos, psicanalíticos e literários, para conduzir seu leitor pelo caminho da conquista da liberdade interior.

Sinopse

Capa de Conquistando a Liberdade Interior
Divulgação / Amazon

Extraída da Amazon:

“Ganhar asas, concretizar grandes sonhos, colecionar vitórias e realizações são o desejo de toda e qualquer pessoa. Todavia, ninguém será capaz de superar obstáculos e construir voos bem-sucedidos sem antes aprender a conquistar a liberdade dentro de si, curando as raízes de sua história e as aprofundando em terrenos que sejam fecundos e férteis.

Se as coisas não estão resolvidas dentro de nós, não há qualquer realidade exterior que possa nos apaziguar e trazer contentamento. Essa é uma incontestada e sóbria sentença. Quem não tem liberdade interior, ainda que tenha tudo, será um eterno fugitivo de si e de suas feridas, e não encontrará uma autêntica realização.

Liberdade interior é um trabalho artesanal, no qual o artista que trabalha a alma precisará compreender o acervo de experiências que compõe a sua trajetória, direcionando cada realidade para a beleza e a dureza da verdade que a pode libertar. Sem liberdade interior ninguém consegue ser aquilo que verdadeiramente é nem consegue desenvolver todos os seus talentos.

Neste percurso precisaremos romper com os rótulos e máscaras que os outros e nós mesmos construímos, declarando uma verdadeira luta por nossa independência interior.”.

Um falso autocontrole

Imagem ilustrativa de alguém jogando em frente a uma tv
Pixabay
Quantas vezes achamos que estávamos plenamente no controle de alguma situação e, na verdade, não estávamos? Quantas vezes caímos na inconstância e dissemos a nós mesmos “só hoje” e o “'hoje'” perdurou para sempre? Quantas vezes, em nome de uma falsa liberdade, tornamo-nos escravos de nossos impulsos e desejos momentâneos, os quais, posteriormente, trouxeram-nos enormes arrependimentos?

Quantas vezes já sabíamos que nos arrependeríamos, mas insistimos no erro?

A beleza da estiagem

Uma árvore em meio ao deserto
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Quantas vezes pedimos, a um ser que considerássemos superior, que levasse nossos sofrimentos embora? Quantas vezes nos sentimos paralisados diante de circunstâncias adversas?

Certa vez, conversando com uma mentora, comentei que já me disseram que eu era mais madura que colegas da minha idade. Eu disse a ela que, por certo tempo, eu concordara; no entanto, depois de completar a maioridade, eu simplesmente sentia (e continuo sentindo) que essa visão não fazia mais sentido.

Contudo, de um ponto de vista mais saudável, a profissional explicou-me que a vida é como um espiral: quando sentimos que não estamos crescendo / subindo (evoluindo), na verdade é porque estamos passando por um lado da existência distinto daquele que vínhamos trilhando.

De fato, esse é um tempo de raízes, não de galhos. É necessário fincar raízes, a fim de suportar as turbulências que os novos galhos terão de enfrentar. Isso me lembra também a encíclica Salvifici Doloris, que já citei aqui no blog, no post sobre a Hiyajo de Steins;Gate 0.

Da mesma forma, é um tempo meio sem brilho, o que me lembra da libertação que nos proporciona a penumbra, mencionada no livro Siracusa, de Guilherme de Sá, objeto de reflexão também já explorado por aqui nesse post.

É engraçado que, enquanto escrevo, meus textos vão-se entrelaçando. Parece uma espécie de movimento de rotação, mas essas relações, na verdade, são sinal de que tudo tem um sentido. A vida é uma colcha de retalhos que vamos costurando sem sequer perceber.

A compreensão do que nos move

carro representando movimento
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Graças às minhas idas e vindas a psicólogos, a conversas com outros profissionais da área de desenvolvimento humano, à minha própria experiência e, agora, a esse livro, percebo que o processo de cura interior, tão lógico e linear quanto ele possa ser, acontece nas seguintes etapas:

sentimento de que algo está errado; busca por ajuda; desejo de mudança; necessidade extrema de transformação (esgotamento); tomada de decisão; autoconhecimento; medo; relutância em aceitar o que há de mal em nós; aceitação; perdão a si e a outrem; resolução do problema.

A grande dificuldade é que, à exceção da primeira e da última etapa, todas as demais podem ser extremamente subjetivas e demoradas, e podem pausar o processo.

Uma das etapas mais importantes e mais árduas é, precisamente, o autoconhecimento, esse trabalho em que precisamos bancar o(a) jornalista conosco: “por quê? Como? Quando? Onde? Quem? Quanto? Se...”.

Uma coisa que o livro fez-me compreender foi que eu, particularmente, vinha questionando muito o “como” e o “se”, esquecendo-me do “por quê?”. Isso foi fruto de uma má compreensão minha a respeito da Terapia Cognitiva Comportamental. Posso dizer-lhes que, juntos, a tCC e este livro formam um divisor de águas para mim.

A TCC também me ensinou que devo sempre checar o que estou sentindo. Na minha visão, eu precisaria verbalizar para obter um feedback e o limite imperaria quando essa ação não fosse possível. Além disso, ao checarmos, nem sempre o outro está pronto para assumir a verdade, nem sempre o outro se conhece.

Pode ser que ele, assim como nós, ainda esteja num processo de autodescoberta, ou mesmo não queira encarar a verdade. Essa suposição pode manter o sentimento ruim e a crença negativa, perpetuando o problema.

Por isso, a ideia de perdoar-se e perdoar o outro, tomando mesmo a crença e o sentimento como verdades (ainda que, na realidade, não sejam), foi-me bastante eficaz. Não estou criticando o método da TCC. Sou ninguém pra isso! Mas há coisas que não funcionam especificamente conosco, porque cada um é um ser diferente, por isso exponho o que me ocorreu. Talvez essa mudança de perspectiva seja útil a alguém.

Às vezes, a tristeza fala mais que a alegria

"Reflitamos sobre os motivos que nos causam tristeza ou pesar, pois esses motivos revelam quais são nossos reais ‘tesouros’ e o que realmente buscamos na vida."

Esse é um trecho do livro que me fez pensar nas tantas vezes em que quis jogar a tristeza pra debaixo do tapete, acumulando-a em várias camadas, como um traste inútil do qual pesarosamente não me poderia livrar. A tristeza é um importante indicador para pensarmos até que ponto, tal como uma empresa, estamos seguindo nossa missão, nossa visão e nossos valores.

Afinal, como diz Abay (o fiel BFF do nosso Boran Genco - assunto do primeiro post do blog -) à sua querida Gizem:

“Sabia que, na História das religiões, as Histórias da Arte, da tristeza e da felicidade não são opostas uma à outra? Muita gente encontrou a felicidade na própria tristeza. Quem sabe, você encontrará a sua também.”.

Os vícios

Sempre acreditei que os vícios fossem fraquezas nossas e esse ponto de vista é extremamente negativo e danoso a nós, porque pensamos que é uma incompletude nossa que nada pode preencher, que nunca seremos capazes de superar. Todavia, o padre explica que, na verdade, um vício é uma grande força energética que temos e que foi mal direcionada.

E, para ser bem administrada, precisa ser focada no presente:

“[...] será necessário fixar a luta contra a dependência em cada dia específico, estabelecendo-o sem se preocupar em vencer o mal definitivamente de uma só vez. [...] E, então, apenas o dia de hoje será o campo de batalha no qual precisaremos nos empenhar, resistindo aos apelos do mal em nós.”.

Conclusão

É, meu povo. Por hoje é só. O resto, deixo com vocês e com o livro! Garanto que ele é bem melhor que meu texto e trará muitas mais revelações, as quais lhes serão fontes de libertação!

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