sábado, maio 13, 2023

Arte de mãe

Oi, gente!

Quem já saiu pelo google procurando “músicas para o dia das mães”, ou “poemas para o dia das mães” ou, ainda, “imagens para o dia das mães”? Rsrs

Amanhã é dia das mães no Brasil e, para comemorar e para inspirar vocês às homenagens desse maravilhoso dia, trago-lhes uma seleção de exemplares das várias formas de arte em que as mães são prestigiadas, seja por belas palavras, seja por destaques como belos exemplos. Assim, tem opção pra quem gosta do auditivo, do audiovisual, das artes plásticas e de literatura.

Pietà, de Michelangelo

escultura Pietà
Wikipédia

Primeiro grande exemplo de mãe, Maria, Nossa Senhora. Em seus braços, segura o corpo morto de seu filho. Seu rosto sereno recorda-nos daquelas mães que, sofrendo por seus filhos, não perdem sua força. Quantas vezes elas sofrem pelos males que ocorrem aos seus filhos? Quantas vezes nós, os filhos, fazemo-las sofrer, por nossa própria culpa?

Superação – o milagre da fé

Essa força que as sustenta vem da fé, seja ela em Deus, no universo, na família ou em si mesmas. E Joyce, a supermãe desse filme, é um exemplo de como a fé de uma mãe realiza milagres na vida de seus filhos. Ótima programação pra ver no domingão com a mãe!

As Três Letras de Mãe - Bráulio Bessa

Eu não tenho o que dizer sobre isso. Só respire fundo, penetre na declamação e reflita!

Mãe - Mario Quintana

Mãe! São três letras apenas

As desse nome bendito:

Três letrinhas, nada mais...

E nelas cabe o Infinito

E palavra tão pequena

– confessam mesmo os ateus –

É do tamanho do Céu!

E apenas menor que Deus...

Só li verdades. ❤️

Mãe – Fábio Jr.

Bora terminar com música? Tenho certeza que todo mundo já ouviu a canção “pai” desse ícone da música brasileira. Mas a música para as mães, você já ouviu?

Feliz dia das mães! Pra você que é mãe, pra você que é filho(a) e que tem sua mãe pertinho de você, pra você que já não tem mais sua mãe ao seu lado, pra você que nunca teve a figura da mãe humana consigo...

E é principalmente por causa desse último tipo de leitor (mas não só) que, depois de dizer que iria terminar o post, vou deixar uma última música. Essa sobre uma mãe que jamais vai a lugar algum e que sempre está de braços abertos para acolhê-lo(a). 🤗

Regaço acolhedor – Ir. Kelly Patrícia

Olhe para a Pietà. Esse mesmo amor pelo Cristo, forte e sereno, ela tem por você. 💔

sábado, maio 06, 2023

Mensagens da Mensagem de Pessoa

Oi, gente!

Vocês sabem que sou estudante de Letras. Como tal, boa parte de meus estudos é, inevitavelmente, composto por Literatura. Assim, estudando para uma prova de Literatura Portuguesa, deparei-me com o livro Mensagem, de Fernando Pessoa – um dos maiores poetas portugueses e o maior expoente da Literatura Modernista Portuguesa.

Composto de várias subdivisões, o livro tem forte teor nacionalista, sendo comparado por literatos a uma recriação fragmentada – uma desleitura - de Os Lusíadas.

Contudo, para além da retratação de Portugal a partir de um passado glorioso, do desalento presente e da esperança de triunfo futuro, essa coletânea de poemas assinada com o ortônimo pessoano traz-nos reflexões universais – por isso mesmo são literárias.

Assim, elenco alguns poemas que nos podem ser de grande valia, principalmente em momentos difíceis, já que a escrita pessoana parte de uma perspectiva presente à época (século XX) de decadência.

O DAS QUINAS

Os Deuses vendem quando dão.

Compra-se a glória com desgraça.

Ai dos felizes, porque são

Só o que passa!

Baste a quem basta o que lhe basta

O bastante de lhe bastar!

A vida é breve, a alma é vasta:

Ter é tardar.

Foi com desgraça e com vileza

Que Deus ao Cristo definiu:

Assim o opôs à Natureza

E Filho o ungiu.

Participante da primeira parte da primeira parte (é isso aí), ou seja, de Os Campos dentro de Brasão, esse poema alude, em seu título, às chagas de Cristo (5 feridas, uma em cada mão, uma em cada pé e uma no peito).

A força do Cristianismo em Portugal é bastante intensa e, praticamente em todos os poemas, aparece uma associação do tema português tratado à figura de Jesus ou de Maria.

O que interessa para este blog, no entanto, são os lembretes da primeira e da segunda estrofe: a glória perene vem com e após o sofrimento (“Compra-se a glória com desgraça”), a felicidade é fugaz (“Ai dos felizes, porque são / Só o que passa!”, o tempo voa (“A vida é breve”)e somos mais do que podemos imaginar (“a alma é vasta”).

HORIZONTE

Ó mar anterior a nós, teus medos

Tinham coral e praias e arvoredos.

Desvendadas a noite e a cerração,

As tormentas passadas e o mistério,

Abria em flor o Longe, e o Sul sidério

‘Splendia sobre as naus da iniciação.

Linha severa da longínqua costa —

Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta

Em árvores onde o Longe nada tinha;

Mais perto, abre-se a terra em sons e cores;

E, no desembarcar, há aves, flores,

Onde era só, de longe a abstrata linha.

O sonho é ver as formas invisíveis

Da distância imprecisa, e, com sensíveis

Movimentos da esp’rança e da vontade,

Buscar na linha fria do horizonte

A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte —

Os beijos merecidos da Verdade.

Poema II da segunda parte do livro (Mar Português), remete à descoberta portuguesa de que a linha do horizonte não era o fim do mundo. De fato, o que não nos parece acessível não é, ainda assim, o fim do mundo.

Esses versos fazem-nos recordar o potencial da esperança, proveniente da crença e da vontade, surgidas em meio à escuridão, que nos permitem desanuviar nossa visão.

D. SEBASTIÃO

Sperai! Caí no areal e na hora adversa

Que Deus concede aos seus

Para o intervalo em que esteja a alma imersa

Em sonhos que são Deus.

Que importa o areal e a morte e a desventura

Se com Deus me guardei?

É O que eu me sonhei que eterno dura,

É Esse que regressarei.

Essa é uma espécie de resposta ao primeiro poema supracitado, unida à esperança do segundo. Na verdade, ele é um exemplar da primeira parte da terceira e última parte do livro (respira fundo e lê de novo, rsrs), ou seja, pertence à separação intitulada Os Símbolos, a qual se encontra na parte de nome O Encoberto.

Conclusão

E aí, gente, curtiram esses exemplares de Fernando Pessoa? Com que outros poemas podemos identificar-nos e aprender? Descobriremos em futuros posts! ❤️

sábado, abril 29, 2023

Rosa de Saron e os momentos difíceis

Boa noite!

Gente, conforme já disse em post anterior, começarei em breve a atender as sugestões de conteúdos que vocês me deram.

Mais uma vez não conseguirei por agora, pois tenho passado por momentos um tanto... conturbados... Sei nem como é que ainda tô publicando... Só mesmo o compromisso que estabeleci comigo e com quem gentilmente me acompanha...

Ao falar em tempos conturbados, lembramo-nos de correria, preocupação, tristeza, confusão, agonia... Para esses momentos, meu remédio é a banda Rosa de Saron – a qual já mencionei algumas vezes por aqui.

E, já que ela é uma fabulosa obra de arte transcendente – que nos permite superar o caos social e psicológico, conectando-nos com nossa essência e com o sobrenatural -, este é um ótimo momento para dedicar-lhe um post.

Hoje, portanto, pretendo trilhar com vocês um percurso de bad com o Rosa. Mas não é a bad pela bad. É, de fato, um caminho para encará-la de frente e, depois, sair dela. Só ultrapassamos um obstáculo quando o conhecemos, então não adianta fugir e/ou tampar o sol com a peneira.

Os comentários sobre as músicas serão breves, pois o intuito é leva-los(las) mesmo à reflexão pelas letras das músicas, num conjunto com as harmonias, com as interpretações dos vocalistas e com as suas (vossas) realidades.

Na chuva ao fim da tarde

Essa é a música que revela a atitude de quem passou muito tempo tentando fingir que estava tudo bem quando não estava e é, portanto, o início da dor.

Dias assim

Essa também fala sobre aqueles dias... É, aqueles mesmo. A vida oscila e não é sempre que estamos up ou down. São nesses dias, porém, que temos a oportunidade de reavaliar nossas atitudes, nossos sentimentos, nossas relações, nossos conhecimentos e nossas crenças.

Muitos choram

Às vezes, afundamo-nos no problema de tal forma que não percebemos que o sofrimento é uma realidade coletiva e partilhada. “Hoje muitos choram, mas não desistem de viver!”

As dores do silêncio

Não tem como eu não trazer Deus pra cá. Você, se quiser, pode trazer alguma outra coisa / pessoa que te faça sentir bem e que seja seu alicerce. Afinal, é da natureza humana precisar de algo que a sustente e que a supere.

E é principalmente nos momentos complicados que clamamos por esse aspecto de nossa vida e a ele retornamos, quando, na verdade, jamais o deveríamos abandonar.

Passos lentos

Sobre o sentimento de esperança, o qual jamais nos pode faltar. É ele que nos acalenta.

Mais além

Sobre outro aspecto essencial: o ato de fé (não importa no que seja), que nos impulsiona pelo caminho, ainda que não sintamos mais forças para continuar.

Antes

Sobre o sentimento de gratidão, que não elimina a dor, mas a reduz significativamente.

Lunação

Os movimentos são observados a partir de um referencial, já diz a Física. A Lua gira em torno da Terra, que, por sua vez, orbita o Sol. São essas mudanças de posição que proporcionam os fenômenos do ciclo da Lua, a alternância entre dia e noite e os eclipses.

É a nossa posição também, em relação ao nosso em torno, à forma que observamos a nós mesmos e ao que nos cerca, que nos dá ou não a luz. Tais como a Lua, minguamos, renascemos, crescemos e tornamo-nos plenos, de momento a momento.

O mestre dos ventos

Decidimos e conseguimos atravessar as fases menos favoráveis da Lua. É hora de deixar para trás aquilo que já não nos pertence. É hora de dizer adeus aos ciclos ultrapassados.

Aurora

Por fim, é hora de agradecer, louvar e saltar!