sábado, abril 29, 2023

Rosa de Saron e os momentos difíceis

Boa noite!

Gente, conforme já disse em post anterior, começarei em breve a atender as sugestões de conteúdos que vocês me deram.

Mais uma vez não conseguirei por agora, pois tenho passado por momentos um tanto... conturbados... Sei nem como é que ainda tô publicando... Só mesmo o compromisso que estabeleci comigo e com quem gentilmente me acompanha...

Ao falar em tempos conturbados, lembramo-nos de correria, preocupação, tristeza, confusão, agonia... Para esses momentos, meu remédio é a banda Rosa de Saron – a qual já mencionei algumas vezes por aqui.

E, já que ela é uma fabulosa obra de arte transcendente – que nos permite superar o caos social e psicológico, conectando-nos com nossa essência e com o sobrenatural -, este é um ótimo momento para dedicar-lhe um post.

Hoje, portanto, pretendo trilhar com vocês um percurso de bad com o Rosa. Mas não é a bad pela bad. É, de fato, um caminho para encará-la de frente e, depois, sair dela. Só ultrapassamos um obstáculo quando o conhecemos, então não adianta fugir e/ou tampar o sol com a peneira.

Os comentários sobre as músicas serão breves, pois o intuito é leva-los(las) mesmo à reflexão pelas letras das músicas, num conjunto com as harmonias, com as interpretações dos vocalistas e com as suas (vossas) realidades.

Na chuva ao fim da tarde

Essa é a música que revela a atitude de quem passou muito tempo tentando fingir que estava tudo bem quando não estava e é, portanto, o início da dor.

Dias assim

Essa também fala sobre aqueles dias... É, aqueles mesmo. A vida oscila e não é sempre que estamos up ou down. São nesses dias, porém, que temos a oportunidade de reavaliar nossas atitudes, nossos sentimentos, nossas relações, nossos conhecimentos e nossas crenças.

Muitos choram

Às vezes, afundamo-nos no problema de tal forma que não percebemos que o sofrimento é uma realidade coletiva e partilhada. “Hoje muitos choram, mas não desistem de viver!”

As dores do silêncio

Não tem como eu não trazer Deus pra cá. Você, se quiser, pode trazer alguma outra coisa / pessoa que te faça sentir bem e que seja seu alicerce. Afinal, é da natureza humana precisar de algo que a sustente e que a supere.

E é principalmente nos momentos complicados que clamamos por esse aspecto de nossa vida e a ele retornamos, quando, na verdade, jamais o deveríamos abandonar.

Passos lentos

Sobre o sentimento de esperança, o qual jamais nos pode faltar. É ele que nos acalenta.

Mais além

Sobre outro aspecto essencial: o ato de fé (não importa no que seja), que nos impulsiona pelo caminho, ainda que não sintamos mais forças para continuar.

Antes

Sobre o sentimento de gratidão, que não elimina a dor, mas a reduz significativamente.

Lunação

Os movimentos são observados a partir de um referencial, já diz a Física. A Lua gira em torno da Terra, que, por sua vez, orbita o Sol. São essas mudanças de posição que proporcionam os fenômenos do ciclo da Lua, a alternância entre dia e noite e os eclipses.

É a nossa posição também, em relação ao nosso em torno, à forma que observamos a nós mesmos e ao que nos cerca, que nos dá ou não a luz. Tais como a Lua, minguamos, renascemos, crescemos e tornamo-nos plenos, de momento a momento.

O mestre dos ventos

Decidimos e conseguimos atravessar as fases menos favoráveis da Lua. É hora de deixar para trás aquilo que já não nos pertence. É hora de dizer adeus aos ciclos ultrapassados.

Aurora

Por fim, é hora de agradecer, louvar e saltar!

sábado, abril 22, 2023

Poesias adolescentes

Oi, gente!

Poesia não é exatamente o meu forte nem a minha praia, embora curse uma graduação repleta de Literatura lírica e admire muitos escritores especialistas nessa área. Só que às vezes não custa tentar, né? E, nessa de ver o que vai dar, acaba mesmo vendo algo bom (risos).

Assim, inspirada num post poético do blog Visão da Alma – parceiro nosso –, resolvi publicar duas poesias antigas minhas por aqui. Com elas, ganhei dois concursos de poesia quando ainda estava na escola, categoria 8º/9º ano, e busquei transmitir positividade àqueles que ouviam minhas declamações.

Bom, como sou uma jovem adulta e resgato conteúdos da minha adolescência, isso também tem tudo a ver com aquele post sobre a conquista da liberdade interior pela cura das raízes. Afinal, ao buscarmos as raízes feridas, também encontramos partes saudáveis que devem ser fortalecidas cada vez mais.

Este é, portanto, um resgate de produções que fazem parte da minha história e que conversam tanto com aqueles momentos específicos que eu vivia quanto com a minha própria essência.

Isso porque é costume pensar-se que amadurecemos ao longo do tempo, mas o processo causa confusões tais, às vezes, que nos esquecemos das bases que começam a formar-se no início da nossa vida e que devemos alimentar a cada dia.

Espero que meus textos possam trazer a você um pouco de paz, esperança e alegria! E, claro, desejo de escrever (porque, se eu posso, garanto que todos podem!).

                                                           TENHA FÉ – poesia do 8º ano

Precisa de ajuda?

Não sabe o que fazer?

Confie em Jesus Cristo!

Ele fará por você.

 

Se sente sozinho?

Procura algum amigo?

Você tem um, não se preocupe.

Deus está contigo!

 

Está cheio de problemas?

Nota que está cansado?

Segure na mão de Deus.

ele está ao seu lado!

 

Quando as coisas ficam difíceis,

É normal querermos sumir.

Mas relaxe, tenha calma,

Porque Deus irá agir!

 

Agradeça a Deus por tudo

E nunca perca sua fé.

Dê um sorriso sempre,

Pois isso é que Deus quer.

Aprendendo a viver - poesia do 9º ano

Para bem se viver,

É preciso perdoar.

É bom seus males rever

Antes de os outros julgar.

 

Para si e para os outros,

Haja sempre com honestidade

E, nos momentos de vitória,

Não se esqueça da humildade.

 

Desafiado? Enfrente;

Foi derrubado? Levante-se e siga em frente,

Pois vencedor não é aquele que nunca caiu,

Mas sim quem muito tropeçou na vida e jamais desistiu.

 

Não desanime com a dor

Nem desconfie do amor;

Realize ações boas

E acredite nas pessoas.

 

Aonde for, leve sorrisos

E seja luz para este mundo;

Só relações, sentimentos e atitudes

Terão valor ao fim de tudo.

 

sábado, abril 15, 2023

A Fera na Selva e a agonia da espera

Introdução

Não, esse livro do qual quero falar hoje nada tem a ver com a Ditadura Militar Brasileira. A parte da canção acima que se relaciona com o conteúdo da obra discutida é o refrão:

“Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.”

A boa literatura é universal e imperecível, ou seja, aquela que, contando sobre uma história ficcional ou alheia e real, é capaz de tocar-nos e fazer-nos refletir sobre nossas próprias vidas. De fato, após lermos essa novela do pré-modernista Henry James, já não somos os mesmos.

Meu texto será reticente porque, realmente, a ideia é incentivar meu leitor à conferência do clássico.

Sinopse

Capa de A Fera na Selva
Divulgação / Amazon

A sinopse escolhida é gigante, mas a obra é pequenininha. De acordo com a Amazon:

Em A fera na selva – mais um título da coleção Novelas Imortais, idealizada por Fernando Sabino [...] –, o renomado escritor inglês Henry James compôs uma obra-prima da literatura universal, fascinante e terrível ao mesmo tempo. “Uma fera emboscada na selva, pronta a saltar sobre ele a qualquer momento.”

Essa era a sensação que John Marcher carregava desde que nasceu, e que – depois de anos ele viria a descobrir – era um segredo compartilhado por mais uma única pessoa, May Bartram.

O encontro inesperado em Weatherend, e o fato de ela saber sobre o acontecimento que o espreitava, conduziu uma atraente ligação entre eles, multiplicando-se em encontros cada vez mais reveladores.

Por vários anos, John Marcher acreditou guardar discretamente a sua “carga pesada”, sem jamais tocar no assunto, para que os outros não ficassem tão assombrados quanto ele sempre esteve. Se o resto do mundo o considerava esquisito, somente May Bartram sabia como e, acima de tudo, por que esquisito. Uma coisa os uniu sem que eles soubessem.

Enquanto envelheciam juntos, John e May mantinham uma relação de amizade e fidelidade que se tornara indispensável, à espera vigilante de que uma coisa extraordinária acontecesse. Na obra, passado, presente e futuro são entrelaçados em uma trama articulada e envolta de mistérios, sob uma narrativa psicológica.

De fato, alguma coisa tinha estado para acontecer, e o que vinha a ser a Fera na Selva poderia representar algo aterrorizador, porém de um destino comum e inevitável.

O orgulho cega

John Marcher achava que sabia “o quê”, embora não soubesse “quando”. Seu clássico pensamento girava em torno de frases como “se... eu já estaria em tempo de saber.”. Porém, de nada ele sabia.

Apenas a doce amiga Bartram guardava para si a plena verdade, permitindo inerte que o destino se cumprisse sem interferências. Meiga amiga, ainda que seu próprio orgulho a impedisse de enxergar as oportunidades de esclarecer seu predestinado amigo e transformar-lhe a vida. E sua própria vida de eterna espera.

Espera x esperança e medo

Essa é mais uma música da qual a obra de Henry James faz-me lembrar. John vivia preocupado com seu futuro – com medo de sentir medo -, crendo-se refém de seu fado, poupando-se para ele e sentindo-se sem direitos a desejar algo ordinário.

Por isso, não se permitiu aprofundar nos questionamentos comuns que May fazia-lhe, dos quais poderia extrair alguma(s) resposta(s). Por isso, não teve a oportunidade de conhecer e empregar adequadamente o que tinha e o que podia e esqueceu-se dessa forte lição de seu autor:

"Trabalhamos no escuro - fazemos o que podemos - damos o que temos. Nossa dúvida é nossa paixão e nossa paixão é o nosso dever. O resto é a loucura da arte."

O medo e a esperança – uma espera ativa, na qual o espectador atua e transforma – fazem parte da vida e, sem eles, a vida perde o sentido e a existência.

Conclusão

É, o texto de hoje é tão curto quanto a leitura proposta por ele. Confesso que passei essa semana sem muita inspiração para um vocabulário prolífico e, talvez, prolixo, mas não queria deixar esse sábado pós-páscoa sem escrita e, mais do que isso: desde que criei o blog, essa era uma das obras que eu queria sugerir.

Espero que a leitura atenta dessa criação jamesiana leve você a um contato cada vez mais profundo consigo mesmo(a).

Aos leitores que têm acompanhado meus posts semanais: muito obrigada! Sei que ainda estou devendo atender a algumas sugestões de filmes e séries a incluir nas minhas análises e serão adicionadas gradativamente nas próximas semanas.

Até o próximo sábado, às 19:00!